(OBS: As desnecessárias e
cientificamente irrelevantes referências à teoria da evolução presentes
no texto original não são partilhadas pelo editor do blogue)
(Phys.org)
Segundo um estudo recente levado a cabo pelo antropólogo da Universidade do Missouri (MU) Robert Walker, antes do contacto com os Europeus os conflitos violentos nas sociedades tribais da floresta Amazónica eram responsáveis por 30% de todas as mortes. Entender os motivos por trás dessas altercações na Amazónia incide alguma luz nas motivações instintivas que continuam a empurrar os grupos humanos para a violência, bem como as formas como a cultura influencia a intensidade e frequência da violência.
Walker, autor principal e professor-assistente de antropologia na "College of Arts and Science" da MU, afirmou:
Os
mesmos motivos - vingança, honra, território e inveja centrada nas
mulheres - que motivaram conflitos mortais na Amazónia, continuam
fomentar a violência do mundo actual. A história evolutiva humana
em torno de conflitos violentos entre grupos rivais teve origem nos
nossos ancestrais primatas. São necessárias doses maciças de
treinamento social e controle institucional para resistir os nossos
instintos e resolver as disputas verbalmente - e não com armas.
Felizmente, as pessoas desenvolveram formas de canalizar e desviar esses instintos para longe de conflitos mortíferos. Por exemplo, o desporto e os jogos de computador normalmente envolvem os mesmos impulsos de derrotar um grupo rival.
Felizmente, as pessoas desenvolveram formas de canalizar e desviar esses instintos para longe de conflitos mortíferos. Por exemplo, o desporto e os jogos de computador normalmente envolvem os mesmos impulsos de derrotar um grupo rival.
Walker examinou os registos de 1,145 mortes violentas em 44 sociedades . . . . da América do Sul revendo 11 estudos antropológicos prévios. Ele analisou as mortes numa base caso-a-caso como forma de determinar quais os factores culturais influenciaram a contagem dos corpos.
Ataques internos entre tribos com linguagens e culturas similares foram os motivos mais frequentes, mas com menos casualidades, quando comparados com os menos frequentes mas mais mortíferos ataques externos provenientes de tribos com linguagem distinta.
Walker afirma:
A
língua e outras diferenças culturais desempenham um papel no "choque de
civilizações" que resultaram em actos violentos recentes, tais como o
ataque à embaixada dos EUA na Líbia e a contínua guerra no Afeganistão.
Trabalhar para desenvolver um sentido de humanidade para todas as pessoas da Terra pode ajudar a reduzir os episódios de violência mais significativos ao encorajar as pessoas a olhar umas para as outras como um grupo unificado que trabalha para os objectivos globais comuns.
Trabalhar para desenvolver um sentido de humanidade para todas as pessoas da Terra pode ajudar a reduzir os episódios de violência mais significativos ao encorajar as pessoas a olhar umas para as outras como um grupo unificado que trabalha para os objectivos globais comuns.
Os ataques às vezes envolviam o rapto de mulheres e em média, um similar número de mulheres foram raptadas tanto nos conflitos internos como nos conflitos externos.
Outro aspecto da guerrilha amazónica era a traição - tal como o acto de convidar um grupo rival para uma celebração e prosseguir com a chacina do mesmo depois deles estarem embriagados. Estes ataques resultaram em níveis elevados de mortalidade.
Walker diz:
A
vingança era histórica guerra intertribal, tal como os modernos
conflitos entre gangues, porque demonstrar fraqueza poderia resultar em
mais ataques. O ciclo de violência poderia resultar na erradicação
mútua das tribos.
Depois do contactos com os Europeus, a dinâmica da vida tribal amazónica mudou de forma dramática. Embora a disseminação do Cristianismo e a imposição de estruturas legais nacionais tenham resultado numa enorme perda da identidade cultural, ela também resultou na redução dos mortíferos ataques. Hoje em dia, tal tipo de violência é raro. A doença e o conflito com lenhadores ilegais e mineiros é a causa de morte mais comum.
Depois do contactos com os Europeus, a dinâmica da vida tribal amazónica mudou de forma dramática. Embora a disseminação do Cristianismo e a imposição de estruturas legais nacionais tenham resultado numa enorme perda da identidade cultural, ela também resultou na redução dos mortíferos ataques. Hoje em dia, tal tipo de violência é raro. A doença e o conflito com lenhadores ilegais e mineiros é a causa de morte mais comum.
Estudo: "Body counts in lowland South American violence," publicado no jornal científico Evolution & Human Behavior. (Provided by University of Missouri-Columbia)
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Aparentemente o Cristianismo, ao contrário do paganismo, é uma ideologia que motiva-nos a "resistir os nossos instintos e resolver as disputas verbalmente - e não com armas" para além de "canalizar e desviar esses instintos para longe de conflitos mortíferos".
Para além disso, o Cristianismo fornece "um sentido de humanidade para todas as pessoas da Terra" e encoraja "as pessoas a olhar umas para as outras como um grupo unificado que trabalha para os objectivos globais comuns." Por outro lado, como o Cristianismo não vê a mulher como propriedade mas como companheira e adjutora no plano de Deus, ataques ("raids") que têm em vista o rapto de mulheres é algo condenado.
Como a Bíblia proíbe o uso da mentira (Êxodo 20:16), "o acto de convidar um grupo rival para uma celebração e prosseguir com a chacina do mesmo" é uma práctica também proibida pela Palavra de Deus.
Por fim, uma pergunta: a perda da "identidade cultural" duma cultura que era responsável pela morte de 30% dos seus próprios cidadãos é algo que deve ser lamentado?
Pela catequese do índios!
ResponderEliminarPelo fim do paganismo!
A barbárie também acabou na Europa com a catequese dos bárbaros...
É verdade. Anacoreta. Onde quer que o Senhor Jesus entre, a barbárie sai. Por isso é que a barbárie está a regressar à Europa à medida que vamos ficando mais pagãos.
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