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domingo, 5 de outubro de 2014

Igrejas liberais estão a morrer

Por Alexander Griswold

Por esta esta altura, todos nós já ouvimos o refrão que diz que as igrejas Americanas têm que liberalizar os seus ensinamentos em torno da sexualidade e do homossexualismo ou enfrentarão um declínio rápido. A lógica por trás deste argumento é simples: mais e mais Americanos estão a aceitar o homossexualismo e o "casamento" entre pessoas do mesmo sexo, incluindo um crescente número de religiosos Milenares [ed: em inglês a palavra "Millennials" é usada em referência às pessoas que atingiram a idade adulta por volta do ano 2000]. Enquanto as igrejas se mantiverem como as faces da oposição ao "casamento" homossexual, essas igrejas irão perder fiéis até à sua irrelevância quando o "casamento" e tornar num tópico político decidido (algo que nos é dito ser "inevitável").

Estes argumentos normalmente olham para a aceitação do homossexualismo por parte das igrejas como uma cenoura mas também como um vara. Não se dá o caso de condenar o homossexualismo levar as pessoas a abandonar as igrejas, mas sim que a sua aceitação irá trazer mais pessoas para a igreja. As pessoas envolvidas no movimento lgbt e os apoiantes dessa causa, muitos deles com uma visão bastante negativa da religião depois de décadas de guerra cultural,irão reconsiderar os ensinamentos das igrejas se as denominações removerem as suas restrições ao "casamento" homossexual e à ordenação de homossexuais.

Mas um certo número de denominações Cristãs já deram passos significativos rumo à liberalização da sua posição em torno do homossexualismo e do casamento, e as evidências, até agora, parecem indicar que o homossexualismo dificilmente é uma cura para os problemas de adesão de novos fiéis. Pelo contrário, todas as igrejas Americanas que rumaram em direcção à liberalização doos tópicos sexuais tem visto um declínio rápido dos seus membros.


A Igreja Episcopal


Em 2003, Gene Robinson tornou-se no primeiro homem abertamente homossexual e não-celibatário a ser consagrado como bispo da Igreja Episcopal. Como consequência da sua consagração, dioceses inteiras cortaram laços com a Igreja Episcopal, criando eventualmente a "Anglican Church of North America" (ACNA). Mas a Igreja Episcopal continuou a liberalizar os seus ensinamentos sexuais, colocando um fim à sua moratória a mais bispos homossexuais em 2006, e criando uma "cerimónia abençoada" para as duplas homossexuais em 2009.

Em 2002, o número de membros Americanos baptizados dentro da Igreja Episcopal era de 2.32 milhões. Por volta de 2012 esse número tinha caído para 1.89 milhões, um declínio de 18.4 por cento. Entretanto, a frequência religiosa caiu de uma forma mais acentuada. A frequência religiosa Dominical nas suas igrejas Americanas era de 846,000 em 2002, mas caiu 24.4 por cento por volta de 2012 para apenas 640,000. Outros sinais de vivacidade congregacional caíam ainda mais. Os baptismos caíram em cerca de 39 por cento, e os casamentos cerca de 44.9 por cento.

E quanto a ACNA? Ela, por outro lado, viu a sua membrasia a aumentar em 13 por cento e os seus cultos de Domingo a aumentar em 16 por cento durante os últimos cinco anos. Desde 2009,  ACNA estabeleceu 488 novas congregações, enquanto que durante todo o ano de 2012 tudo o que Igreja Episcopal conseguiu estabelecer foram quatro novas igrejas.


A Igreja Evangélica Luterana da América


A "Evangelical Lutheran Church of America" (ELCA) foi formada no ano de 1987, quando três denominações Luteranas se fundiram para criar a maior igreja Luterana dos Estados Unidos. Durante a maior parte da sua história, sempre foi permitido que os homens e mulheres homossexuais fossem pastores, desde que permanecessem celibatários. Mas após uma votação cerrada em 2009 durante a sua "Churchwide Assembly", a ordenação foi estendida para os homens e mulheres dentro de "relações  monogâmica sérias". Para além disso, a Assembleia aprovou a emenda que permitia as igrejas "reconhecer, apoiar e considerar publicamente os relacionamentos homossexuais monogâmicos duradouros."

Começando no ano da formação da ELCA, de 1987 a 2009 a redução média anual da membrasia era só de 0.62 por cento, mas depois da liberalização da posição da ELCA em relação à sexualidade, a membrasia caiu uns espantosos 5.95 por cento em 2010, e 4.98 por cento em 2011. Desde 20009 que mais de 600 congregações abandonaram a denominação, com dois-terços a unirem-se às denominações Luteranas mais conservadoras tais como "North American Lutheran Church" e "Lutheran Churches in Ministry for Christ".

Por volta dos finais do ano 2012, a ELCA havia perdido 12.3 por cento dos seus membros em três anos - cerca de 600,000 pessoas. Se a taxa actual de deserções se mantiver estável,  a ELCA deixará de existir em apenas duas décadas.


A Igreja Unida de Cristo


Há já muito tempo que a "United Church of Christ" (UCC) tem uma reputação de liberalismo irrestrito, chegando a roçar o radical. Em 2008, por exemplo, o pastor da maior congregação UCC era um tal de Reverendo Jeremiah Wright. A tendência da UCC para forçar as fronteiras tradicionais levou a inquestionáveis desenvolvimentos positivos (tais como o primeiro pastor Afro-Americano no princípio de 1785) e alguns desenvolvimentos idiotas (tais como os hinos que se recusam a identificar o Senhor Jesus como Macho). Sem surpresa alguma, em 2005 a UCC tornou-se na primeira denominação Protestante mainstream a apoiar o "casamento" entre pessoas do mesmo sexo, e tem sido desde então uma voz forte dentro do debate em torno "casamento" homossexual.

Embora a UCC tenha estado a sofrer uma hemorragia de membros há já várias décadas, o seu declínio acelerou rapidamente depois do voto em favor do "casamento" homossexual. Desde 2005, a UCC perdeu 250,000 dos seus membros, um declínio na ordem dos 20.4 por cento em sete anos. Embora anualmente uma média de 39 congregações tenham abandonado a UCC desde 1990 a 2004, mais de 350 congregações abandonaram a UCC nos três anos que se seguiram. O próprio quadro de pensões da UCC chamou ao declínio dos anos 2000 como "a pior década entre as 25 denominações Protestantes que reportaram os seus resultados", e admitiu que "... a taxa de declínio está a acelerar."

O ano de 2013 foi o ano dum marco sombrio para a denominação visto que a membrasia caiu para baixo do milhão. Se a taxa de membrasia pós-2005 não mudar, a denominação cessará de existir em 30 anos.


A Igreja Presbiteriana nos EUA


A "Presbyterian Church U.S.A." (PCUSA) já se encontrava a flertar com o relaxamento dos seus padrões sexuais desde a Assembleia Geral de 2006, quando foi votado de modo a que permitisse os conselhos de ordenação a essencialmente não prestar atenção ao casamento do clero se o candidato "aderisse aos fundamentos da fé Reformada". Por volta de 2010, a Assembleia Geral aprovou uma emenda de modo a remover por completo todos os padrões clericais em torno do comportamento sexual. Durante o ano actual. a Assembleia Geral votou de modo sobrepujante de modo a alterar o seu "Book of Order" de modo a redefinir o casamento como um contracto civil entre "duas pessoas", e permitir que os ministérios levem a cabo "casamentos" homossexuais onde quer que eles sejam legais.

Se tudo correr bem, por esta altura vocês já são capazes de ver onde isto acaba. Em 2006, 2.2 milhões de pessoas abandonaram a PCUSA, número que caiu em 22.4 por cento para 1.85 milhões por volta de 2013. O declínio da PCUSA acelerou de modo significativo depois deles terem aprovado a ordenação de clero homossexual não-celibatário em meados de 2011, o que, em 2012, levou à criação duma denominação alternativa com o nome de "ECO: A Covenant Order of Evangelical Presbyterians". Só em 2012, mais de 100,000 abandonaram a PCUSA.

Mais uma vez, se as tendências pós-2006 se mantiveram, esta denominação deixará de existir por volta de 2037.


Entretanto, as igrejas ortodoxas . . . .


A resposta normal por parte dos Cristãos liberais comuns é afirmar que a frequência às igrejas e e religiosidade está em declínio em todo o lugar, e não só nas denominações que abraçaram o homossexualismo. Mas esta desculpa deixa de lado as denominações conservadores como as Assembleias de Deus, que têm estado a crescer de modo consistente e rápido há mais de 40 anos.

Apesar das muitas mãos que se esfregam devido à altamente conhecida posição contra o homossexualismo por parte da Igreja Católica, ela tem crescido de modo consistente nos EUA. Deus sabe que os Mórmons não têm qualqur tipo de problemas em crescer. Mesmo as denominações teologicamente conservadoras que se encontram em declínio, tais como a "Southern Baptist Convention", começaram o seu declínio muito mais tarde e duma forma menos drástica que as outras  denominações. A "Southern Baptist Convention" só diminuiu 3 por cento desde o seu ponto mais alto em 2007 - uma média de menos de 1 por cento anualmente - e tem, de facto, estado a aumentar as suas congregações.

De maneira geral, os apoiantes do "casamento" homossexual que se identificam como "Cristãos" muito provavelmente olharão para a membrasia da igreja com um tópico marginal. Os Cristãos têm a responsabilidade de aumentar as suas igrejas, mas têm também a responsabilidade de promover o que é justo aos Olhos de Deus. Mas por algum motivo estranho. parece que os Cristãos conservadores não têm que sacrificar uma responsabilidade para cumprir com a outra. 


......

E porque é que as igrejas entram em declínio mal elas aceitam como normal um comportamento sexual que Deus condena? Isto acontece assim porque quando nós decidimos que o entendimento claro das Escrituras não é autoritário nas nossas vidas, simplesmente porque ele interfere com o nosso prazer, então isso é o princípio do fim. No que toca à ética, qualquer Cristão sério irá olhar para a Bíblia como guia para o Carácter de Deus e para as nossas obrigações para com Ele, coisas que fazem parte da nossa relação. Se por acaso eu tenho uma namorada, e vamos a um restaurante, não posso passar o meu tempo a atirar-me à empregada e a olhar para todas as mulheres do restaurante.

Semelhantemente, quando uma pessoa alega ser Cristã, e afirma estar num relacionamento com Deus, isso é uma via de dois sentidos, e as nossas acções têm que respeitar a Deus tal como Ele é. Deus tem um plano para os relacionamentos entre homens e mulheres - um plano que inclui amor, casamento e sexo. Se por acaso nós decidimos que não nos importamos com Quem Ele é quando tomamos decisões em torno do amor, do casamento e do sexo, então a relação com Ele acabou, e tudo se centra em nós mesmos. Mas se é tudo sobre nós, então para quê ir para uma igreja?

A pergunta que decide de que lado estamos é: será que há duas pessoas nesta relação? Será que eu tenho que me preocupar com a Outra Pessoa, ou apenas e só projectar os meus sentimentos e os meus desejos para Ele, de modo que Ele nada mais seja que uma projecção de mim?

No meu relacionamento com Deus, sei que Ele é diferente de mim, e sei como Deus é pelo que leio na Bíblia e pelo que sei da forma como Deus operou no passado. De modo particular, eu posso claramente ver o que o Senhor Jesus fez através da história. Sei que Deus não é como eu, e que Ele valoriza coisas diferentes daquelas que eu valorizo. Sei que o que Ele quer para mim é, a longo prazo, melhor do que as coisas que actualmente me parecem tão importantes.

Estar num relacionamento significa que temos que ouvir a outra pessoa, e pensar na forma respeitá-la no momento em que vamos tomar uma decisão. Mal nós colocamos a nossa felicidade acima das coisas que preocupam a outra pessoa, acabou tudo.

Fonte deste comentário: http://bit.ly/1rnrlXi

* * * * * * *

Porque é que os activistas homossexualistas estão interessados em forçar as igrejas a aceitar o homossexualismo? Porque eles sabem que mal isso acontece, essa denominação entre em declínio, e o fim da influência social do Cristianismo é um dos propósitos do movimento homossexual.

O movimento homossexual dentro das igrejas opera como a actividade predatória dos gafanhotos: eles chegam, comem, e quando acabam com a destruição, partem para outro lugar. Sempre foi assim, e sempre vai ser assim. Esta analogia significa também que eles não irão descansar enquanto todas as igrejas não tiverem sido pervertidas, e, consequentemente, entrarem em declínio acelerado.

Resumindo, sempre que ouvirmos um esquerdista afirmar que os Cristãos "têm que se modernizar" se quiserem manter a sua relevância, convém deixar bem claro que todas as denominações que "modernizaram" a sua ética sexual estão em vias de deixarem de existir, enquanto as denominações que se firmam na ética sexual Cristã estão, no geral, em crescimento.

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