Fonte
Alguns ateus menos informados olham Clinton Richard Dawkins como um pensador sofisticado e um excelente apologista do ateísmo. De facto, muitos ateus dirão que foi o trabalho de Dawkins que os persuadiu a passar de "desviados" para assumidamente ateus (que é normalmente o que acontece quando as pessoas buscam uma visão do mundo que lhes faça mais feliz).
Apesar da grande estima que o militante ateu comum tem por ele, os académicos tendem a olhar para ele como uma figura humorística, agitador de punho contra fadas madrinhas. É por isso que o filósofo Alvin Plantinga diz:
Eu sou de opinião de que existem pelo menos 5 erros que Dawkins faz.
Se tu tivesses nascido em Israel muito provavelmente serias judeu; se tivesses nascido na Arábia Saudita provavelmente serias muçulmano; se tivesses nascido na Índia provavelmente serias hindu. Dawkins admitiu que quando ele era uma criança, foi afligido pela dúvida na sua fé devido ao facto das pessoas de outros países acreditarem duma forma tão forte como ele acreditava, mas acreditarem em coisas distintas. Hoje em dia ele tenta apresentar este argumento contra a crença religiosa dizendo:
Esta frase parece ser algo do tipo, "Se tu tivesses nascido na China, muito provavelmente serias comunista", ou "se tivesses nascido na União Soviética, serias um ateu". E depois? A forma como as pessoas passaram a ter uma crença não nos diz nada sobre a veracidade dessa mesma crença. Eu posso aprender que a Terra é redonda num livro para crianças, mas esse livro pode não ser uma forma óptima para se obter conhecimento científico. Mas mesmo assim, a minha crença de que a Terra é redonda é válida. Com este argumento, Dawkins dá um exemplo clássico da Falácia Genética; ele tenta demonstrar a origem duma crença, e com isso "prova" que essa crença é falsa.
O argumento ontológico começa na possibilidade de Deus existir, avança para a existência de Deus numa mundo possível, e finalmente, para a existência de Deus no mundo real (tal como expliquei neste artigo . Dawkins afirmou que certa vez ele esteve presente numa convenção cheia de teólogos e filósofos, e, à frente deles, tentou refutar o argumento ontológico falando dum maximamente grande porco voador. Tal como o Dr William Lane Craig ressalvou, isto é embaraçoso. Pergunto-me que imagem Dawkins passou de si próprio nesta conferência de teólogos e filófosos. Dawkins escreve:
Para mim, isto é o mesmo que dizer, "Eles refutaram o que eu estava a dizer" visto que o argumento ontológico é um exemplo de lógica modal. Ficamos logo com a ideia de que Dawkins não faz ideia nenhuma do que se está a falar.
O Argumento Cosmológico de Kalam declara que tudo o que tem início tem uma causa; o universo teve início, logo conclui-se que o universo tem uma Causa. A partir deste ponto fala-se do que significa ser a Causa do universo; expliquei esse argumento aqui. Dawkin respondeu a este argumento afirmando que, mesmo que se aceite que o universo tem uma Causa, isso nada faz para mostrar que o Deus da Bíblia existe. Esta resposta de Dawkins é irrelevante porque não era esse o propósito do argumento; o propósito do argumento era o de mostrar que a Causa do universo era Eterna, Imaterial, Ilimitada e Sobrenatural. O argumento nunca tentou provar que o Deus da Bíblia era o Criador, logo, Dawkins não entendeu nada do argumento.
Dawkins pensa que Deus é Uma Entidade enormemente Complexa, e como tal, não seria um avanço no conhecimento. Segundo Dawkins, não podemos invocar Deus como explicação porque Deus é ainda mais Complexo que aquilo cuja origem Ele é a explicação. Isto faz parte do argumento central do livro "The God Delusion".
Obviamente que a simplicidade é um dos princípios através dos quais nós medimos uma hipótese científica, e como tal, nesse ponto ele tem razão. No entanto, a simplicidade não é o único princípio, e nem é o mais importante. Uma explicação pode ser mais complexa que uma explicação rival mas ser aceite porque tem um poder e um alcance explicativo maior. Para além disso, se alguém se preocupa com a simplicidade, então Deis ajusta-Se a esse critério; Ele é Uma Mente sem um corpo; as Suas ideias podem ser muito complexas mas a Mente em si não é*.
Dawkins pensa que não se pode usar Deus como explicação porque com isso, outro problema é gerado - nomeadamente, quem criou Deus?Esta pergunta tem sido defendida por muitos ateus, chegando até a chamá-la de "a pergunta que nenhum teísta pode responder." Também Dawkins mantém uma atitude auto-congratulatória, frequentemente dizendo às pessoas que "este é um argumento sério, que nenhum teólogo foi até hoje capaz de dar uma resposta convincente."
O problema com o argumento de Dawkins é que, de modo a que possamos reconhecer que uma explicação é a melhor, nós não temos que ser capazes de explicar a explicação. De modo a que se possa dizer que A causou B, não é preciso demonstrar a origem de A. Os cientistas [erradamente - ed] sugerem que a Matéria Escura é a explicação para um certo fenómeno, apesar destes mesmos cientistas não saberem a origem desta Matéria Escura.
De modo a que possamos ver que uma explicação é a melhor, não é preciso explicar a explicação. Este é um ponto básico dentro da filosofia da ciência.
* * * * * * *
* Neste ponto, discordo do autor do texto porque a Bíblia claramente diz em 1 Cor 2:16:
E ainda em Romanos 11:
Para além disso, uma coisa que se pode extrair do texto é a absoluta fragilidade intelectual, filosófica e teológica de Dawkins. Mas mesmo com estas enormes falhas, Dawkins ainda é visto pela grande maioria dos militantes ateus como fonte segura para assuntos que vão desde o céu e o inferno, passando pela Ressurreição, criação, Dilúvio de Noé e practicamente todos os incidentes Bíblicos.
A injustificada devoção que a maioria dos militantes ateus têm por Dawkins diz muito do seu baixo grau de exigências e da sua credulidade infantil.
Apesar da grande estima que o militante ateu comum tem por ele, os académicos tendem a olhar para ele como uma figura humorística, agitador de punho contra fadas madrinhas. É por isso que o filósofo Alvin Plantinga diz:
As incursões de Dawkins pela filosofia estão, na melhor das hipóteses, ao nível de estudantes universitários do 2º ano. Mas isso seria injusto para estes estudantes.
Eu sou de opinião de que existem pelo menos 5 erros que Dawkins faz.
1. "Se tu tivesses nascido na Índia...."
Se tu tivesses nascido em Israel muito provavelmente serias judeu; se tivesses nascido na Arábia Saudita provavelmente serias muçulmano; se tivesses nascido na Índia provavelmente serias hindu. Dawkins admitiu que quando ele era uma criança, foi afligido pela dúvida na sua fé devido ao facto das pessoas de outros países acreditarem duma forma tão forte como ele acreditava, mas acreditarem em coisas distintas. Hoje em dia ele tenta apresentar este argumento contra a crença religiosa dizendo:
Se tivesses nascido na Índia tu provavelmente estarias a adorar Vishnu.
Esta frase parece ser algo do tipo, "Se tu tivesses nascido na China, muito provavelmente serias comunista", ou "se tivesses nascido na União Soviética, serias um ateu". E depois? A forma como as pessoas passaram a ter uma crença não nos diz nada sobre a veracidade dessa mesma crença. Eu posso aprender que a Terra é redonda num livro para crianças, mas esse livro pode não ser uma forma óptima para se obter conhecimento científico. Mas mesmo assim, a minha crença de que a Terra é redonda é válida. Com este argumento, Dawkins dá um exemplo clássico da Falácia Genética; ele tenta demonstrar a origem duma crença, e com isso "prova" que essa crença é falsa.
2. A sua crítica ao Argumento Ontológico.
O argumento ontológico começa na possibilidade de Deus existir, avança para a existência de Deus numa mundo possível, e finalmente, para a existência de Deus no mundo real (tal como expliquei neste artigo . Dawkins afirmou que certa vez ele esteve presente numa convenção cheia de teólogos e filósofos, e, à frente deles, tentou refutar o argumento ontológico falando dum maximamente grande porco voador. Tal como o Dr William Lane Craig ressalvou, isto é embaraçoso. Pergunto-me que imagem Dawkins passou de si próprio nesta conferência de teólogos e filófosos. Dawkins escreve:
Eles recorreram à lógica modal para refutar o que eu estava a dizer.
Para mim, isto é o mesmo que dizer, "Eles refutaram o que eu estava a dizer" visto que o argumento ontológico é um exemplo de lógica modal. Ficamos logo com a ideia de que Dawkins não faz ideia nenhuma do que se está a falar.
3. A sua crítica ao Argumento Cosmológico de Kalam.
O Argumento Cosmológico de Kalam declara que tudo o que tem início tem uma causa; o universo teve início, logo conclui-se que o universo tem uma Causa. A partir deste ponto fala-se do que significa ser a Causa do universo; expliquei esse argumento aqui. Dawkin respondeu a este argumento afirmando que, mesmo que se aceite que o universo tem uma Causa, isso nada faz para mostrar que o Deus da Bíblia existe. Esta resposta de Dawkins é irrelevante porque não era esse o propósito do argumento; o propósito do argumento era o de mostrar que a Causa do universo era Eterna, Imaterial, Ilimitada e Sobrenatural. O argumento nunca tentou provar que o Deus da Bíblia era o Criador, logo, Dawkins não entendeu nada do argumento.
4. As suas opiniões sobre a complexidade.
5. Que criou o Criador?
O problema com o argumento de Dawkins é que, de modo a que possamos reconhecer que uma explicação é a melhor, nós não temos que ser capazes de explicar a explicação. De modo a que se possa dizer que A causou B, não é preciso demonstrar a origem de A. Os cientistas [erradamente - ed] sugerem que a Matéria Escura é a explicação para um certo fenómeno, apesar destes mesmos cientistas não saberem a origem desta Matéria Escura.
De modo a que possamos ver que uma explicação é a melhor, não é preciso explicar a explicação. Este é um ponto básico dentro da filosofia da ciência.
* * * * * * *
* Neste ponto, discordo do autor do texto porque a Bíblia claramente diz em 1 Cor 2:16:
Porque, quem conheceu a Mente do Senhor, para que possa instruí-Lo?
33. Ó profundidade das riquezas, tanto da sabedoria, como da ciência de Deus! Quão insondáveis são os Seus juízos, e quão inexcrutáveis os Seus caminhos!
34. Porque, quem compreendeu o intento do Senhor? ou quem foi eu conselheiro?
35. Ou quem Lhe deu primeiro a Ele, para que lhe seja recompensado?
36. Porque DEle, e por Ele, e para Ele, são todas as coisas; glória, pois, a Ele, eternamente. Ámen.
A injustificada devoção que a maioria dos militantes ateus têm por Dawkins diz muito do seu baixo grau de exigências e da sua credulidade infantil.