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sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

O Que Devemos Pregar Sobre O Inferno? - Sinclair Ferguson

por Sinclair Ferguson

Dr. Sinclair Ferguson é nascido na Escócia, obteve seu PhD pela Universidade de Aberdeen. Atualmente pastoreia a First Presbyterian Church (Primeira Igreja Presbiteriana), em Columbia, na Carolina do Sul e serve como professor de Teologia Sistemática no Westminster Theological Seminary, na Filadéfila (EUA). Ferguson é autor de diversos livros e atua como preletor em conferências, seminários e igrejas em diversos países.

Falar sobre o inferno significa falar sobre coisas tão impressionantes, que isso não pode ser feito com tranqüilidade.

No entanto, o inferno existe. Esse é o testemunho das Escrituras, dos apóstolos e do próprio Senhor Jesus. Aquilo que é emocionalmente intolerável também é verdade – e nisso está o seu terror.

Cumpre ao pastor cristão familiarizar-se com o ensino sobre o inferno, sentir a sua importância, pregar sobre ele e aconselhar seu rebanho em relação ao seu significado e suas implicações.


PECAMINOSIDADE REVELADA

O pregador fala como alguém consciente de que ele mesmo tem de apresentar-se diante do tribunal de Cristo: “Importa que todos nós compareçamos perante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o bem ou o mal que tiver feito por meio do corpo” (2 Co 5.10). Talvez mais do que qualquer outra coisa, isso tem de se tornar a atmosfera a partir da qual os servos de Deus abordam suas tarefas como pregadores e pastores. Eles comparecerão no tribunal de Cristo. Somente aqueles que estão plenamente cônscios de que se apresentarão diante do tribunal de juízo podem falar com um senso de relevância sobre as questões da vida e da morte, do céu e do inferno.

É nesse ponto que aprendemos para nós mesmos a terrível revelação de nossa pecaminosidade. E isso, por sua vez, nos capacita a enfatizar três coisas essenciais à nossa pregação.

• A justiça de Deus

• A pecaminosidade de nosso pecado

• A absoluta justiça da condenação de Deus sobre nós

A menos que estabeleçamos esses princípios coordenados e os inculquemos na mente e consciência de nossos ouvintes, há pouca probabilidade de que lhes impressionaremos com a pregação sobre o inferno.

Todo membro da raça humana decaída precisa ter colocada diante de si a total e radical inescusabilidade do pecado e da absoluta justiça da condenação da parte de Deus. Somente assim o homem caído pode levar e levará a sério o inferno. A pregação dessas verdade tenciona remover a cegueira, despertar e aguçar a consciência dormente. Do contrário, persistimos em nossa suposição de que, não importando o destino que sobrevenha a outros (um Nero, um Hitler ou um Idi Amin), nós mesmos estamos seguros em relação à condenação divina.


O QUE DEVEMOS PREGAR SOBRE O INFERNO?

Então, o que devemos pregar sobre o inferno? Há várias coisas que precisamos afirmar.

1. O inferno é real.

Uma das características da pregação de Jesus foi advertir quanto a perspectiva do inferno, assim como lhe foi característico falar sobre os elevados privilégios do céu. Pelo menos para ele o inferno era tão real quanto o céu.

2. O inferno é descrito vividamente nas passagens do Novo Testamento.

No decorrer dos séculos, os teólogos têm debatido se o vocabulário bíblico referente ao inferno deve ser tomado literal ou metaforicamente. Minha opinião é que, em qualquer aspecto do ensino bíblico em que várias descrições contêm elementos que se encontram em tensão com outros, essas descrições são provavelmente metafóricas. Mas, havendo dito isso, precisamos afirmar também – e este é um fato crucial – que as metáforas são empregadas precisamente para descrever realidades maiores do que elas mesmas.

O inferno é uma esfera de separação e privação, de sofrimento e punição, de trevas e destruição, de desintegração e perecimento. O vocabulário do Novo Testamento inclui: trevas exteriores, choro e ranger de dentes, destruição do corpo e da alma, fogo eterno, fogo do inferno, condenação do inferno, perder a vida eterna, a ira de Deus, eterna destruição longe da presença do Senhor, perecer, separação, negridão das trevas.

O que o pregador deve fazer com essa linguagem? Deve fazer exatamente o que fazemos com qualquer linguagem bíblica: usá-la até aos limites de seu significado no texto, nem mais, nem menos. Em particular, a palavra “eterno” ressalta a magnitude do que está em vista. Essa condição não é somente uma condição de separação de Deus e desintegração de tudo que é agradável; é tudo isso com duração perpétua e permanente. Foi isso que levou Thomas Brooks, grande pregador do século XVII, a clamar em palavras que encontramos também nos lábios de seus contemporâneos:

Oh! esta palavra eternidade, eternidade, eternidade! Esta palavra eterno, eterno, eterno! Esta palavra para sempre, para sempre, para sempre, espedaçará o coração dos condenados em inúmeras partes... No inferno, os pecadores impenitentes terão fim sem fim, morte sem morte, noite sem dia, lamento sem consolo, tristeza sem alegria e escravidão sem liberdade. Os condenados viverão por tanto tempo no inferno quanto Deus mesmo viverá no céu.

3. O inferno, embora preparado par o Diabo e seus anjos, é compartilhado por seres humanos.

O inferno é o deserto da humanidade, habitado por aqueles que rejeitam a Cristo e sua revelação. Aqueles que não pertencem ao reino de Deus estão lá: “Fora ficam os cães, os feiticeiros, os impuros, os assassinos, os idólatras e todo aquele que ama e pratica a mentira” (Ap 22.15; cf. 1 Co 6.9). O homem rico está lá (Lc 16.19-31); aqueles que não amaram os irmãos de Cristo estão lá (Mt 25.41-46); alguns que profetizaram, expulsaram demônios, realizaram milagres em nome de Cristo estão lá (Mt 7.21-23); “os que não conhecem a Deus e... não obedecem ao evangelho de nosso Senhor Jesus” estão lá (2 Ts 1.8); Judas Isacriotes está lá (At 1.25), porque melhor lhe fora não haver nascido (Mt 26.24); o Diabo e seus anjos, a besta e o falso profeta estão lá, “atormentados... pelos séculos dos séculos” (Ap 19.19-20; 20.10, 15).

A perspectiva desse juízo é tão terrível que, ao ser revelado:

Os reis da terra, os grandes, os comandantes, os ricos, os poderosos e todo escravo e todo livre se esconderam nas cavernas e nos penhascos dos montes e disseram aos montes e aos rochedos: Caí sobre nós e escondei-nos da face daquele que se assenta no trono e da ira do Cordeiro, porque chegou o grande Dia da ira deles; e quem é que pode suster-se? (Ap 6.15-17)

De fato, isso é muito terrível para ser contemplado – é mais terrível do que o vocabulário usado para descrevê-lo, assim como o céu é mais glorioso do que nossas palavras talvez possam descrever.

Como milhões de outras pessoas, assisti em 11 de setembro de 2011, com horror e presságio, em tempo real, pela televisão, no Reino Unido, ao segundo avião se chocando nas Torres Gêmeas, em Nova Iorque; e, depois, vi os prédios caindo em escombros, enquanto as pessoas corriam para salvar sua vida. Foi um dos mais horríveis acontecimentos que testemunhamos “ao vivo”. Enquanto eu assistia ao acontecimento, perguntei-me: que tipo de horror cataclísmico faria homens fortes correrem para aqueles escombros cadentes a fim de acharem proteção, preferindo esse holocausto à ira do Cordeiro?

4. O mais importante em expormos e aplicarmos o ensino bíblico sobre o inferno é isto: temos de enfatizar que há um caminho de salvação. Há um lugar de abrigo para nos escondermos da ira do Cordeiro.

O evangelho não é essencialmente uma mensagem sobre o inferno. Contudo, não podemos ser fiéis às Escrituras se não pregamos sobre o inferno pela simples razão de que o próprio evangelho não pode ser entendido sem a realidade do inferno.

“Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós” (2 Co 5.21). Em resumo, o evangelho é isto: Cristo tomou o nosso lugar, levando sobre si o nosso pecado, provando o nosso julgamento, morrendo a nossa morte – para que compartilhemos do seu lugar, sejamos vestidos de sua justiça, provemos sua vindicação e experimentemos sua vida.

No entanto, ser feito pecado implica sujeição à condenação de Deus e ao justo juízo da punição do inferno. De fato, essa é maneira como o Novo Testamento (sempre à luz do Antigo) vê o significado da morte de Jesus.


O QUE OS PASTORES PRECISAM PARA PREGAR SOBRE O INFERNO?

É nesse contexto que a pregação sobre o inferno faz parte da pregação do evangelho. Quando entendemos que isso é o que a morte de Cristo significa, quando isso domina nossa alma, começamos a ver o modelo da pregação dos apóstolos reproduzida em nosso próprio ministério. Assim, constrangidos pelo amor, temos algumas implicações.

1. Coragem e compromisso

Pregar sobre o inferno exige coragem e compromisso. Coragem é necessária porque em alguns contextos contemporâneos apenas uma menção do inferno é suficiente para garantir a acusação de que temos um espírito severo e mente intolerante.

Compromisso é necessário porque esse ministério exige um desejo de viver para Cristo (2 Co 5.15) e de ver homens e mulheres vindo a Cristo. E isso é superior ao nosso desejo natural por segurança e popularidade. Não é possível ser apreciado por pregar a verdade sobre o inferno (embora seja possível, de modo paradoxal e com gratidão, ser amado por pregá-la).


2. Uma perspectiva verdadeiramente bíblica

A humanidade pecaminosa olha naturalmente para a vida por meio da extremidade errada do telescópio. Para eles, o tempo é longo, e a eternidade, curta; esta vida é extensa, e a vida por vir, breve; este mundo é real, e o mundo por vir, irreal. Isso é o que significa viver kata sarka(“segundo a carne”), e não kata pneuma (“segundo o Espírito” – Rm 8.4). Todavia, os olhos do cristão foram abertos e estão fixos em Cristo e na eternidade.

Um cristão olha para vida à luz do destino ao qual ela conduz e vê cada pessoa nesse contexto. As famosas palavras escritas por volta de 1834 pelo ainda jovem, mas que morreria em breve, Robert M’Cheine expressam bem esse ponto de vista e suas implicações: “Enquanto andava pelos campos, sobreveio-me, com poder quase avassalador, o pensamento de que cada pessoa de meu rebanho estará em breve no céu ou no inferno. Oh! como desejei que tivesse uma língua semelhante a um trovão, para que fizesse todos ouvir; ou que tivesse uma estrutura física como que de ferro, para que visitasse cada um deles e lhe dissesse: fuja, por amor à vida”. Por trás de todos que conhecemos e encontramos está a sombra do julgamento.

Sabendo isso, como podemos nos manter em silêncio – ou em covardia? Só podemos fazer isso se nós mesmos vivemos em negação da realidade que sabemos foi revelada no evangelho.


3. Uma profunda consciência de nossa vocação

“Deus... nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo e nos deu o ministério da reconciliação... e nos confiou a palavra da reconciliação. De sorte que somos embaixadores em nome de Cristo, como se Deus exortasse por nosso intermédio. Em nome de Cristo, pois, rogamos que vos reconcilieis com Deus” (2 Co 5.18-20).

O pregador cristão é um devedor porque, por meio de Cristo, ele mesmo foi liberto do juízo vindouro. Ele é um mordomo porque a mensagem de reconciliação lhe foi confiada. Ele tem de empregar os recursos providos por seu Senhor, não para diminuir, nem para acrescentar, nem para transformá-los. Ele é, também, um embaixador cuja tarefa consiste em representar sempre seu Senhor e anunciar fielmente a sua mensagem.

Essa é a razão por que nossas próprias desculpas jamais devem prevalecer (“Eu não sou esse tipo de pregador”; “a congregação não receberia bem essa mensagem”; “as pessoas não levam mais essas coisas muito a sério”; “estamos vivendo numa época em que esse tipo de ênfase não atrai as pessoas para Cristo”).

Quando Robert M’Cheyne encontrou-se com seu querido amigo Andrew Bonar numa segunda-feira e perguntou-lhe o que havia pregado no dia anterior, recebeu esta simples resposta: “O inferno”. Em seguida, perguntou-lhe mais: “Você pregou com lágrimas?”


CONCLUSÃO:

Portanto, somos chamados a pregar como representantes de Cristo: pregar com equilíbrio bíblico, com um foco cristocêntrico, com a humanidade daqueles que reconhecem sua própria necessidade de graça perante o tribunal de Cristo, com uma disposição de sofrer à luz da glória vindoura, com amor e compaixão em nosso coração e de um modo que recomenda e adorna a doutrina de Deus, nosso Salvador.

(Este artigo é uma condensação do capítulo “Pastoral Theology: The Preacher and Hell”, escrito por Sinclair Ferguson e publicado no livro Hell Under Fire: Modern Scholarship Reinvents Eternal Punishment, editado por Christopher W. Morgan e Robert A. Peterson. Copyright © 2004 Christopher W. Morgan e Robert A. Peterson. Usado com permissão de Zondervan.)

Fonte: Fiel

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sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

LifeSiteNews está sob ameaça de fechar por causa de processo de 500 mil dólares

É com grande preocupação que temos de informar aos nossos leitores que LifeSiteNews (LSN) do Canadá está sofrendo um processo legal — por incrível que pareça, o autor do processo é um padre! (LifeSiteNews é a organização mãe de Notícias Pró-Família em português.)
Os leitores habituais de LifeSiteNews não precisam de apresentação para o Pe. Raymond Gravel — ele é o padre de Quebec e ex-membro do Parlamento do Canadá que, conforme mostrou nossa reportagem, disse numa entrevista de rádio de 2004: “Sou pró-escolha* e não há bispo na terra que me impedirá de receber a Eucaristia, nem mesmo o Papa”.
Então, em 2008, ele defendeu a condecoração canadense mais elevada ao “pai do aborto” do Canadá — o arqui-aborteiro Henry Morgentaler! Durante sua carreira política ele era classificado como “pró-aborto” pela ala política do movimento pró-vida. Ele também criticava de forma frequente e pública os ensinos da Igreja Católica sobre a homossexualidade e o aborto.
Ainda que as reportagens de LifeSiteNews tenham de forma decisiva mostrado o que o próprio Pe. Gravel disse publicamente, ele está nos processando por difamação. Entre outras coisas, ele argumenta que não é pró-aborto, mas ele disse no passado que é “pró-escolha”*.
Ele está exigindo 500 mil dólares em indenização — que, por coincidência, é o orçamento de um ano inteiro para nós. Isso levaria LifeSiteNews à falência!
Você nos apoiará nesta ocasião em que estamos lutando contra esse processo?
Já é difícil LifeSiteNews sobreviver financeiramente, até mesmo quando a época está favorável. Mas com a recessão econômica ficou mais difícil do que nunca. Lutar contra esse processo acrescenta um peso financeiro extra potencialmente muito grande e atualmente impossível.
Em LSN dependemos completamente da Providência Divina; temos geralmente apenas o suficiente em nossa conta bancária para passar até a nossa próxima campanha trimestral de arrecadação de fundos (quando temos!). Nós simplesmente não temos dinheiro para gastar em honorários legais potencialmente impeditivos.
Esse processo também chega ao mesmo tempo em que ataques contra os direitos de liberdade de expressão de cidadãos e meios de comunicação pró-vida, pró-família e cristãos estão aumentando em todo o Ocidente.
É virtualmente importante que LifeSiteNews ganhe esse caso — não só por amor a LifeSiteNews, mas também por amor a todo o movimento pró-vida. Nós simplesmente não podemos deixar os oponentes da vida e família fecharem umas das poucas vozes que sustentam o direito à vida e a santidade do casamento e da família.
O próprio fato de que o Pe. Gravel sente que tem de processar LSN é evidência absoluta de quanto LSN é necessário. Escrevendo sobre LifeSiteNews.com em Le Devoir em 20 de abril de 2009, o Pe. Gravel disse que quando seu bispo recebeu uma carta do Vaticano “que me forçou a me aposentar da vida pública”, anexado à carta “estava um arquivo quase que exclusivamente em inglês composto de comentários negativos sobre mim… que vieram daqueles meios de comunicação ultraconservadores”. Ele até se queixou de LifeSiteNews durante um discurso na tribuna da Câmara dos Deputados!
E então, mais recentemente, o Pe. Gravel foi removido de uma posição como catequista chefe de sua diocese. Em sua ação legal, o Pe. Gravel indica que os artigos de LSN fizeram com que ele perdesse essa responsabilidade.
Apesar do fato de que LSN deixou claro que não desejávamos nenhum mal ao Pe. Gravel, e que, aliás, estamos preocupados com seu bem-estar, ele lançou uma ação legal que poderia de forma grave e até permanente atrapalhar nosso trabalho de salvar a vida e a cultura.
Nossa equipe já está tendo de dedicar o trabalho de vários dias completos para responder às acusações dele — e isso antes mesmo que o caso tivesse realmente começado. A primeira audiência preliminar é nesta quinta-feira em Joliette, Quebec.
Embora a estupenda Sociedade Thomas More de Chicago tenha se oferecido para nos ajudar nesse caso, há muito pouco que eles possam fazer. O caso terá de ser lutado nos tribunais de Quebec, e a Sociedade Thomas More é uma organização com sede nos EUA.
Portanto, somos forçados a contratar assistência legal profissional do Canadá. E como qualquer um que sabe a primeira coisa sobre processos legais, honorários legais podem subir… rápido.
Nesse momento difícil, temos mais uma vez de recorrer aos nossos apoiadores sempre fiéis. O único jeito de podermos resistir a esse ataque é com sua ajuda.
Estamos confiantes com relação à veracidade e profissionalismo de nossa reportagem nesse assunto e estamos determinados a lutar e ganhar contra esse processo injusto. Você se unirá a nós?
Você também apelará par que outros que conhecem você nos ajudem neste momento de necessidade extra especial?
Por favor, considere fazer uma doação. E então — divulgue essa mensagem.
* Nota do tradutor: “Pró-escolha” se refere ao apoio que se dá para uma mulher destruir, por meio do aborto legal, a vida do seu bebê em gestação.
Traduzido por Julio Severo: www.juliosevero.com
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